Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) encaminharam ontem à Secretaria-Geral da Presidência da República e ao Ministério do Trabalho pedido de encontro emergencial para discutir o plano de demissões voluntárias anunciado pela General Motors na terça-feira. O PDV envolve operários da produção da fábrica do Vale do Paraíba e das áreas administrativas de todas as unidades do grupo. A empresa não informou a adesão pretendida.
O sindicato reclama que as demissões vão ocorrer “em meio à forte política de incentivos à indústria automobilística adotada pela presidente Dilma Rousseff com o Plano Brasil Maior”. A entidade vai exigir estabilidade para todos os trabalhadores e que não haja diminuição dos postos de trabalho.
A GM informou que não deverá repor as vagas fechadas, pois, com a medida, pretende assegurar “a continuidade de seus projetos futuros de forma sustentável e competitiva”.
Hora extra
Na fábrica de São Caetano do Sul (SP), onde o PDV é dirigido apenas aos funcionários da área administrativa, o Sindicato dos Metalúrgicos local negocia a contratação de cerca de 300 funcionários para as linhas de montagem, especialmente dos modelos novos em produção na unidade, como o recém-lançado Cruze e o Cobalt, previsto para chegar ao mercado nas próximas semanas.
“A partir do dia 31, a jornada de trabalho passará das atuais 40 horas semanais para 41,5 horas”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Francisco Nunes. Segundo ele, parte dos funcionários foi convocada para trabalhar neste sábado e há negociações em curso para jornadas extras em novembro e dezembro.
As vagas do pessoal administrativo que aderir ao PDV, informou Nunes, serão extintas porque a empresa considera ter excedente de funcionários nesse setor. A unidade emprega 12 mil pessoas, das quais 4 mil são mensalistas./ C.S.